sexta-feira, 8 de maio de 2009

Coisas de Marte

Era apenas a cicatriz, nada mais.

Disforme, bem localizada, nem sempre vista.

A borboleta sobrevoou de forma harmônica,

Como todo o corpo sempre foi.

Terreno conhecido, palmo a palmo, como nenhum outro.

A beleza imperava, impera ainda, acho.

Tenho certeza.

A cabeça melhor ainda. Nenhuma melhor.

Confusa sim, difícil sim, mas adorável.

De outro planeta? Talvez. Mas muito pé no chão,

Como nunca eu havia visto.

Não ta entendendo nada?

Nada demais, nem eu nunca entendi bem.

Só sei que senti, nada mais.

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