terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Minha rua


A rua que moro tem sossego.

A rua que moro tem arvore, tem cachorro passeando,

tem pouco carro passando.

A rua que moro é bucólica, é calma, é acolhedora.

Minha rua tem mato na calçada, tem barulho de água que rega o jardim.

Na minha rua tem sombra, não tem sinal de celular, tem sinal de gente que passa e que dá bom dia.

Nessa rua tem casa sim, tem prédios, tem asfalto, tem um lugar.

Na rua que moro o tempo parece passar mais devagar.

Na minha rua tem barulho de cachoeira, tem vizinho legal e que nem conheço.

A minha rua é minha, porque me acolhe, não reclama, não pede nada.

A minha rua é minha amiga, minha sombra, minha via, minha chegada e minha partida.

Ela até tem nome, mas pra mim é apenas amiga.

Vê-me chegar e partir sem nada perguntar. E quando eu volto ela está lá.

Porque é a minha rua. De mais ninguém.

Um comentário:

Aline Pacheco disse...

Sua rua era mais uma, até que vc a olhou com os olhos da alma...lindamente. Parabéns!
Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores." Alberto Caeiro